A primeira coisa que podemos ver quando entramos no sistema é esse Wallpaper customizado, tendo o animal escolhido (Impish Indri) para nome dessa versão do sistema, nas cores do padrão Ubuntu, seguido também do tema de ícones Yaro.
A Canonical também finalmente introduziu o Gnome 40 nessa nova versão do sistema, fazendo uma customização para que a dock continue por padrão na parte lateral do sistema, como era no antigo Unity, e os demais comportamentos, seguem o padrão do Gnome 40 mesmo, como as áreas de trabalho na horizontal e o dash de aplicativos reorganizado.
E dentre os planos da Canonical para essa versão do sistema, está em estabelecer o Wayland de vez, pois ele vem novamente na cessão do sistema como padrão, assim como na versão anterior. E essa versão traz o Kernel Linux na 5.13.0-16
Quanto ao novo instalador, que está sendo prometido já algum tempo, flutter, ainda não está pŕesente nessa versão Beta, e se ele não for incluso nos próximos dias, a tempo de entrar para essa versão final do 21.10 creio que deve ficar para a versão 22.10, pois a Canonical não deve implementar algo tão novo assim já na próxima LTS, que será a 22.04.
Existe um esforço muito maior também da Canonical de empacotar o máximo de aplicativos em formato Snap no Ubuntu, como o próprio Firefox por exemplo. Aliás, e não duvido que num futuro não muito distante tenhamos um Ubuntu totalmente em snap. O que por sua vez, causa certo receio da comunidade Linux, pois uma parte do Snap é de código fechado (a base dele), e o que poucos sabem ou se lembram, é que quando o snap foi concebido, ele veio pra ser um sistema de containers com intuito de concorrer com o docker, sendo otimizado pra ser gerenciado pelo systemd, e escrito em Go.
Antes a Canonical queria digamos que ser uma Apple do mundo Linux, popularizando o Ubuntu nos desktops ao máximo que podia, começando um projeto até para reescrever sua interface gráfica, o Unity, que passaria a ser gerenciada pelo Mir, que se tratava de uma opção para o Wayland. E nesse caminho, eles chegaram a desenvolver até sua versão mobile (o Ubuntu phone). Contudo, a Canonical também acabou mirando em outros projetos como a IoT, containers e diversas outras áreas, que acabaram se mostrando bem mais lucrativas do que seus esforços no desktop e na parte mobile. Então após uma uma reestruturação financeira, que parecia inclusive preceder uma IPO (que não aconteceu até hoje) ela cortou custos, e projetos antes tidos como promissores, foram jogados na lata do lixo, fazendo com que a empresa que antes parecia querer ser uma Apple do mundo Linux, passasse a mirar em se tornar uma Red Hat. E quanto a isso, o próprio Mark Shuttleworth, disse que o Ubuntu 18.04 LTS, estava ganhando (ao invés dos costumeiros 5 anos de suporte) 10 anos de suporte, para tentar conquistar alguns clientes da Red Hat, insatisfeitos com a aquisição da IBM.
Dentre todas mudanças, o Gnome foi adotado para o lugar do Unity, para gastar menos esforços com a parte do desktop, mas a questãos dos snaps permaneceu, contudo por ter talvez "alguns segredos da empresa no código" ele se manteve fechado (pelo menos sua base), o que fez com que todas as demais distribuições Linux, passassem a olhar para a opção dos snaps de código aberto, com muito mais carinho, (no caso os flatpaks) .
O Ubuntu, têm sido a única distribuição Linux a colocar todos os ovos em uma única cesta, nesse caso, nos snaps, enquanto nem as distribuições derivadas dele têm feito isso, pelo contrário, algumas até criam scripts pra tentar bloquear a instalação dos mesmos (como foi o caso do Linux Mint). Apesar de tudo, você até consegue habilitar o snap em outras distribuições Linux, como fiz já no Manjaro e no Fedora por exemplo, mas tem algumas aplicações que não abrem quando você instala, como no meu caso, aconteceu com o Gimp e com o Audacity.
E se insistir com o snap não for o suficiente, enquanto a maior parte das distribuições Linux já estão no Gnome 40, e se preparando para migrar para a próxima versão 41, o Ubuntu atual (21.04) traz o Gnome 3.38 (o mesmo do Debian stable recém lançado na sua versão 11) e agora que o Gnome 40 vai aterrissar no sistemas, deixando-o no mínimo um passo atrás das demais distribuições Linux nesse quesito.
E quanto a essas mudanças da Canonical em relação ao Ubuntu, muitos estão dizendo que o Ubuntu não é mais a porta de entrada do mundo Linux. Que distribuições como o Zorin e o Pop OS estão substituindo o que o Ubuntu entregava para o usuário final. Será mesmo? Concorda com isso? Deixe aqui a sua opinião nos comentários.
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