Em um mundo que encontramos diversos sistemas de arquivos como NTFS, Fat32, ExFAT, Ext3, Ext4, dentre outros, as vezes ficamos na dúvida de qual sistema de arquivos irá nos atender melhor. E foi nessa procura que descobri o BTRFS e suas diversas qualidades.
Para quem não conhece esse sistema de arquivos, vêm por padrão na partição Raiz e Home do OpenSuse, e tem se mostrado uma ótima opção para quem procura um sistema de arquivos para utilizar em seus HDs externos e pendrives.
Nos últimos dias eu estava com um problema de lentidão no meu HD externo que estava com formato de FAT32. Eu já havia testado uma vez com o formato ext4, e havia gostado bastante, contudo tive que reformatar como FAT32 devido a necessidade na época de permitir que o HD fosse acessado por uma máquina com Windows. Devido a lentidão que estava ocorrendo para montar a unidade nos computadores (ao ponto de me fazer pensar que perdi todos os meus arquivos), decidi procurar e testar um novo formato de arquivos.
Recentemente havia testado o OpenSuse, o que me fez aguçar a curiosidade quanto ao sistema de arquivos BTRFS, me levando a colocar um pendrive e meu HD externo nesse formato. Percebi um ganho enorme na velocidade, tanto quanto no tempo de resposta para que os computadores com Linux lê-se os dispositivos, como na transferência de arquivos.
Breve História
O btrfs começou a ser desenvolvido em 2007, na Oracle Corporation por Chris Manson, um engenheiro que trabalhava para a SUSE, e juntou-se a Oracle em 2007, para desenvolver um sistema de arquivos com recursos inexistentes até o momento nos demais sistemas.
Foi projetado para explorar o máximo dos novos dispositivos e métodos, como as unidades SSD, e para ser inovador na questão dos backups com o método snapshots, um recurso semelhante ao de captura de tela PrtScr. O que o torna muito mais rápido que o método tradicional, não sendo necessário parar o sistema para realiza-lo. Este recurso permite algo como se fosse uma volta no tempo, em momentos que você precisa recuperar algum estado anterior do sistema.
Dentre outros recursos existentes, posso destacar o empacotamento de arquivos pequenos, diretórios indexados para melhor aproveitamento do espaço, além do processo de limpeza scrub, que funciona em segundo plano, a fim de procurar e corrigir erros em arquivos com cópias redundantes, além da desfragmentação online e conversão local de sistemas de arquivos Ext3 e Ext4.
Eu poderia citar diversas outras qualidades e características, mas não pretendo me alongar mais. Se você pretende ter uma sistema de arquivos robusto que possa potencializar o seu HD mais antigo, é uma boa hora para testar o BTRFS.
Só lembrando que é sempre bom manter um pendrive com formato FAT32 ou NTFS caso você necessite fazer alguma transferência de arquivos com o Windows.
O que achou dessa nova opção? Deixe aqui o seu comentário e se quiser entender melhor, assista nosso vídeo.
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1 Comentários
BTRFS é muito bom, o problema dele é o desperdício de espaço em disco se comparado como NTFS, arquivos gravados numa partição BTRFS ocupam em média pelo menos de 2 a 6% de espaço em disco a mais que no NTFS, podem parecer ridículos esses números, mas para centenas de gigabytes a dezenas de terabytes representa bastante espaço e tempo extra realizar cópias.
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